Após uma década de euforia, a alegria dos anos 20 chegava ao final com a Grande Depressão em 1929. A queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise econômica mundial sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam seus empregos.
A crise de 1929 teve forte influência na
moda, entre as quais o uso de roupas cortadas sobre moldes, fazendo com roupas
destinadas às mais diferentes classes passassem a ter maior semelhança, o que
reduzia o preço final. O uso de tecidos sintéticos e mais baratos começou a se
difundir.
Em meados da década de 30
houve uma onda de romantismo, principalmente para os trajes noturnos. A saia
encurtou e era franzida no estilo camponês e houve até quem tentasse ressuscitar o espartilho. No verão de 1939, a
revista Vogue publicou um artigo que dizia que a silhueta ideal era aquela que
mostrava uma cintura fina, e para mostrá-la talvez fosse necessário usar um
espartilho “leve com barbatanas”.
O cinema tornou-se o grande referencial de disseminação dos novos costumes nessa época. Estrelas de Hollywood como Greta Garbo, Katharine Hepburn e Marlene Dietrich e estilistas como Edith Head e Gilbert Adrian influenciaram milhares de pessoas.
Os anos 30 também se destacaram pela criação de trajes esportivos e náuticos. Os shorts, os tecidos estampados e o aristocrático suéter imortalizado pela marca francesa Lacoste, surgiram junto com a descoberta da vida ao ar livre e os banhos de sol.
Coco Chanel lançou nessa época as calças pantalonas, para o conforto do lazer marítimo.
Em 1935 surge um novo nome no cenário da moda européia. Trata-se do italiano Salvatore Ferragamo, que surpreende o mercado com a utilização de produtos alternativos para a fabricação de sapatos. Devido a crise, Salvatore foi um dos primeiros a usar materiais sintéticos em suas criações e a sua principal invenção foi a palmilha compensada.
Com a aproximação da segunda guerra mundial no final dos anos 30, as roupas já apresentavam um linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.
Nessa época muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra transformaria a forma de se vestir e o comportamento de toda uma época.
Próximo post: Anos 40 - A Moda e a Guerra
♥
Adorei o post, adoro história da moda, a gente aprende a Reconhecer as peças, intimamente. Estou esperando o próximo!
ResponderExcluirEi, queria saber da onde é aquela mini bolsa de coração do post da festa da Devassa? adorei!
xxx