Pouco
antes do início da I Guerra Mundial houve uma nova modificação na linha geral da
vestimenta feminina. Sobre a saia muito comprida e justa nos tornozelos,
usava-se outra saia, uma espécie de
túnica que ia até pouco abaixo dos joelhos. A forma dos chapéus também se
modificou, tornando-se pequenos e bem ajustados à cabeça, adornados com plumas,
não mais enroladas à aba, mas sim, eretas.
Com
o avanço da guerra e da necessidade da mulher trabalhar, o hábito da dupla saia
foi sendo abandonado, pois era bastante incômodo. A próxima mudança só foi
sentido já no final do conflito, em 1918 na Inglaterra com a introdução do
vestido “padrão nacional”, que era uma roupa prática, com fivelas de metal em
lugar dos colchetes e que podia ser usado na maioria das ocasiões. Em 1919 a
moda retoma o ritmo, a saia justa foi substituída pela linha “barril”. O efeito
era completamente tubular. A saia permanecia longa, mas era como um cilindro
dentro do qual se acomodava o corpo.
Uma tendência nessa época foi a de abafar o busto, e algumas mulheres chegavam até a usar
achatadores para se adaptarem à moda. A cintura desapareceu por completo e
começa a aparecer o desenho da cintura em torno do quadril, que seria um marco
da época.
Em 1925 aconteceu aquilo que é considerado a primeira revolução no
vestuário feminino no séc. XX: chegaram as saias curtas, cobrindo apenas os
joelhos. Isso causou verdadeiro escândalo e eram condenadas em toda parte.
Chegou-se a dizer que um terremoto ocorrido na Itália tinha sido causado pela
vingança de Deus contra o uso da saia curta. Foi proibida para maiores
de 14 anos, mas a resistência foi grande e fez surgir um novo tipo de mulher.
O
novo sensual nessa época era a Androginia. As curvas femininas desapareceram, os cabelos se
tornaram curtos e lisos, culminando por volta de 1927, com o estilo à la garçonne, que marcou época. O chapéu
ainda era uma peça imprescindível e o estilo era o cloche. O que diferenciava a garota do rapaz eram os lábios
vermelhos e sobrancelhas fortemente realçadas a lápis. Como era uma criação
inglesa, a moda francesa entrou em decadência, mas em compensação começaram a
surgir novos nomes, sintonizados com os novos tempos, como Madame
Paquim, Madeleine Vionnet e a mais marcante de todas que foi Coco Chanel, que
reinou absoluta por vários anos até o aparecimento de Elza Schiaparelli, que
foi responsável pela introdução de “roupas boas da classe trabalhadora na
sociedade”.
No
final da década de 20 as saias repentinamente começaram a ficar mais
longas, até por pressão dos fabricantes de tecidos, e a cintura retornou
ao seu lugar. O chapéu cloche foi
abandonado os cabelos voltaram a crescer.
No próximo post: Anos 30 e a Grande
Depressão.
♥
Adorei o post e saber um pouco mais sobre a história da moda.
ResponderExcluirBeijinhos
Nai Melo
Oi!
ResponderExcluirSempre leio os seus posts, mas é a 1ª vez que comento!
Gostei muito do texto, achei bem escrito! :D
Beijão!
izabellaniquito.blogspot.com
Adoro! Meu twitter tem esse estilo <3
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